Centenário de Inezita Barroso motiva a edição de álbum ao vivo com face mais urbana da cantora do Brasil caboclo
08/09/2025
(Foto: Reprodução) Inezita Barroso (1925 – 2015) tem lançado álbum ao vivo com 10 números de show apresentado em 1978 no Sesc Consolação em São Paulo
Acervo Sesc Memórias / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Inezita Barroso saiu de cena há dez anos como uma voz referencial do cancioneiro do Brasil caboclo. Cantora que fincou bandeira nacionalista ao longo da trajetória artística, a paulistana Ignez Magdalena Aranha de Lima (4 de março de 1925 – 8 de março de 2015) às vezes extrapolou o universo musical do Brasil rural, abordando canções urbanas como Chão de estrelas (Silvio Caldas e Orestes Barbosa, 1937) e Carinhoso (Pixinguinha, 1917 – com letra posterior de Braguinha, 1937), além do samba-canção Ronda (Paulo Vanzolini, 1953), este curiosamente lançado por Inezita.
Essas três músicas figuram entre as dez faixas do álbum Inezita Barroso – Ao vivo no Sesc_1978, programado pelo Selo Sesc para ser lançado na próxima sexta-feira, 12 de setembro, dentro da série Relicário.
Embora rebobine standards do repertório de Inezita, como a Moda da pinga (Laureano, 1953), a gravação ao vivo do show – apresentado pela cantora em 1978 no teatro do Sesc Consolação – perpetua flashes dessa faceta mais urbana do repertório da artista.
Celebrado neste ano de 2025, o centenário de nascimento de Inezita Barroso motiva a edição deste disco ao vivo captado no show feito pela cantora com a participação do compositor e bandolinista paraibano Josevandro Pires de Carvalho (1932 – 1994), conhecido no meio musical como Evandro do Bandolim.
Cabe lembrar que Evandro costumava participar dos saraus vespertinos promovidos pela artista no restaurante denominado Casa de Inezita e mantido pela cantora entre 1975 e 1976, na cidade natal de São Paulo (SP), com cardápio que temperava com música as iguarias gastronômicas de diferentes regiões do Brasil rural.
Parte do repertório do álbum Inezita Barroso – Ao vivo no Sesc_1978 reflete esse período pouco lembrado da trajetória profissional da cantora paulistana.
Capa do álbum ‘Inezita Barroso – Ao vivo no Sesc_1978’
Arte de Alexandre Calderero